José Vitor Estevam Siqueira, dentista de Cachoeira Paulista (SP), foi processado pela Ferrari após criar uma réplica artesanal do modelo F-40 e tentar vendê-la online. O protótipo foi feito com metais comprados em lojas de construção e anunciado por R$ 80 mil em 2018. A montadora alegou infração de propriedade intelectual e obteve a apreensão do veículo. O dentista foi condenado a pagar R$ 42,5 mil por danos materiais e lucros cessantes.
A disputa judicial começou em 2019 e continua até hoje. Vitor foi denunciado pela Ferrari por violar a lei de patentes e teve o carro apreendido para perícia. O valor da indenização segue em aberto, e a Justiça bloqueou uma quantia de R$ 887 em sua conta. Vitor também entrou com uma ação contra a montadora, pedindo R$ 100 mil por danos morais, mas teve seu pedido negado.
O dentista alegou que sua decisão de fabricar a réplica foi motivada por dificuldades financeiras, após um furto em seu consultório. No entanto, a Ferrari argumentou que o carro foi feito para fins lucrativos, infringindo seus direitos sobre o design do modelo F-40. O valor de mercado do F-40 original ultrapassa os R$ 4 milhões, sendo um dos carros mais raros e cobiçados da marca.
A investigação sobre a réplica e a tentativa de venda levou a Ferrari a contratar um advogado no Brasil, que denunciou Vitor por uso ilegal de sua propriedade intelectual. A fabricante exige que o veículo seja destruído, caso fique comprovada a infração. O caso permanece em andamento, com a defesa de Vitor ainda aguardando resposta da Justiça.
