Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Investimentos no Tesouro Direto somam R$ 3,573 bilhões em julho

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Investimentos no Tesouro Direto somam R$ 3,573 bilhões em julho

Em julho deste ano, as vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 982,8 milhões. Conforme os dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28), as vendas dos títulos alcançaram R$ 3,573 bilhões.

O montante vendido no mês foi apenas inferior ao valor investido em julho de 2022, que chegou a R$ 4,006 bilhões. Também houve uma diminuição em relação ao mês anterior, junho, no qual as vendas totalizaram R$ 3,811 bilhões. O recorde mensal histórico de vendas do Tesouro Direto foi estabelecido em março deste ano, com um total de R$ 6,842 bilhões.

Os resgates totalizaram R$ 2,590 bilhões, sendo R$ 2,427 bilhões correspondentes às recompras de títulos públicos, e R$ 163,2 milhões referentes a vencimentos, quando o prazo do título expira e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram aqueles corrigidos pela taxa Selic, a taxa básica de juros, representando 65,6% do total. A preferência por títulos atrelados à taxa de juros básica se justifica pelo nível elevado da Selic. A partir de março de 2021, o Banco Central começou a elevar a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, o patamar mais baixo da história, foi elevada para 13,75% ao ano. Ainda que o BC tenha iniciado um ciclo de redução da Selic neste mês, os investidores continuam a adquirir esses títulos, mesmo com a expectativa de queda nos juros básicos neste semestre.

Os títulos vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) representaram 22,2% das vendas, enquanto os títulos prefixados, com taxas de juros definidas no momento da emissão, representaram 12,2%.

O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 120 bilhões no final de julho, apresentando um aumento de 1,5% em comparação ao mês anterior (R$ 118,2 bilhões) e de 24,4% em relação a julho do ano passado (R$ 96,4 bilhões).

Investidores

Em relação ao número de investidores, 339.220 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O total de investidores atingiu 25.006.870, refletindo um aumento de 24,9% nos últimos 12 meses. O número total de investidores ativos, ou seja, aqueles com operações em curso, alcançou 2.292.783, apresentando um crescimento de 12,4% em um período de 12 meses. Somente no mês passado, houve um aumento de 46.006 investidores ativos.

A atração do Tesouro Direto para pequenos investidores é notável pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que corresponderam a 84,2% do total de 633.676 operações realizadas em julho. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,3% desse montante. A média por operação foi de R$ 5.638,62.

Os investidores têm mostrado preferência por títulos de prazo médio. As vendas de títulos com prazos de um a cinco anos corresponderam a 37,2%, enquanto as vendas com prazos de cinco a dez anos representaram 47,3% do total. Já os títulos com prazos superiores a dez anos representaram 15,5% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.

Fonte de recursos

O Tesouro Direto foi estabelecido em janeiro de 2002 com o objetivo de popularizar a aplicação financeira e permitir que indivíduos adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, por meio da internet, sem a necessidade de intermediários financeiros. O investidor precisa apenas pagar uma taxa à corretora que atua como responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das maneiras que o governo utiliza para captar recursos destinados ao pagamento de dívidas e ao cumprimento de obrigações. Como contrapartida, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor investido com um acréscimo que pode variar de acordo com a taxa Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa predefinida no caso dos títulos prefixados.

Fonte: Agência Brasil