Foto: Polícia Militar/Divulgação
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Marido é acusado de planejar feminicídio e simular acidente para obter seguro

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Marido é acusado de planejar feminicídio e simular acidente para obter seguro

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A Polícia Civil concluiu que Maria Cláudia Santos Freitas, de 44 anos, foi vítima de feminicídio premeditado, planejado ao longo de meses por seu marido, Aldo Fabiano Angelotti, de 43 anos. Ele foi preso em Uberlândia acusado de forjar um acidente de carro para receber uma apólice de seguro de vida no valor de R$ 1 milhão. O crime ocorreu em agosto de 2024, e a investigação revelou detalhes que contradizem a alegação inicial de acidente.

Segundo os investigadores, Aldo desativou o airbag do lado de Maria Cláudia antes de colidir propositalmente com uma árvore robusta, escolhida para garantir a fatalidade. A colisão ocorreu em uma via retilínea no Bairro Laranjeiras, onde não havia marcas de frenagem, e o sol não estava em uma posição que justificasse a perda de controle alegada pelo suspeito. Enquanto o airbag de Aldo foi acionado, o da vítima estava desativado, evidência reforçada por análises periciais.

A relação entre o casal era marcada por conflitos. Em 2023, Maria Cláudia chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Aldo por ameaças de morte. Após reatarem no início de 2024, o suspeito fez apólices de seguro de vida, a mais recente assinada apenas 20 dias antes do crime. Investigadores acreditam que o interesse financeiro foi o principal motivo para o planejamento do feminicídio.

A perícia destacou que o veículo usado no “acidente” apresentava configurações intencionalmente alteradas, incluindo a desativação manual do airbag, que emitia um aviso claro ao motorista. Essa constatação eliminou a possibilidade de que Aldo desconhecesse a condição do equipamento de segurança. Além disso, o velocímetro do carro indicava velocidade acima do permitido na via, reforçando a tese de ação deliberada.

Com evidências contundentes, como a escolha da árvore e o histórico de ameaças, a Polícia Civil descartou qualquer hipótese de acidente e classificou o caso como feminicídio premeditado. Aldo nega as acusações, mas as provas levantadas impediram o pagamento da apólice, medida que visava evitar sua fuga. Para os investigadores, o crime exemplifica um caso de violência letal planejada contra a mulher, motivada por ganância.