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Nos Estados Unidos o uso da maconha entre adultos com mais de 50 anos cresce 71%

Quando o assunto é o uso da maconha há uma associação quase que instantânea com a faixa etária mais jovem. Obviamente, os adolescentes são os principais consumidores da droga, no entanto, foi verificado em alguns países, como no Estados Unidos, que adultos tendem a consumir de maneira crescente.

Uma equipe do Centro de Pesquisa sobre Uso de Drogas e HIV (CDUHR, na sigla em inglês) da Universidade de Nova York analisaram as respostas de mais de 45 mil estadunidenses e verificaram que na faixa etária dos 50 anos o consumo da maconha aumentou 71% e com 65 anos o uso aumentou 2,5 vezes. Muitos estudiosos consideram isso reflexo da legalização do uso recreativo da maconha em alguns estados.

Pouco discutido no Brasil, mas concretizado nos Estados Unidos, no dia 8 de novembro, além dos 28 estados que já permitiam o uso da cannabis para usos medicinais e mais 4 estados que já haviam liberado o uso recreativo da planta, Califórnia, Massachusetts, Nevada e Maine, também aprovaram a legalização, e em um mês já ocorreram mudanças significativas.

Além do aumento usual por adultos e terceira idade, os jovens se sentem mais confortáveis em aumentar as doses diárias da droga, já que agora a compra, a troca e a venda é lícita e traz consequências. Como é o caso do narcotráfico mexicano afetado.

Levando em consideração a proximidade entre os países, a legalização gradativa nos Estados Unidos e o rechaçamento dos Mexicanos para com tal atitude, o tráfico toma caminhos inversos, o sentido agora é Estados Unidos-México, e apesar de o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ter enviado ao Congresso em abril de 2015, uma iniciativa para o uso da planta na medicina e para aumentar a dose mínima permitida (cinco gramas), no caso de porte pessoal, para 28 gramas, a máfia mexicana do narcotráfico fica abalada, enquanto as empresas privadas estadunidenses lucram na legalidade.

Kátia Kaline, Da redação da Folha de Brasília