Jesus ensinou a todos. Em campo, posicionou os seus jogadores adiantados. Repetiu o time titular à exaustão para ganhar entrosamento, não poupou seus discípulos. Ensinou-os a jogar agrupados, adiantou os seus zagueiros para melhor saída de bola, eliminou o volante de contenção, ensinou seus atacantes a trocar de posição, ensinou-os a brigar , brigou contra eles, brigou em defesa deles , ensinou “gestão” aos dirigentes amadores e, assim como o Messias, despertou “inveja” em seus pares.
O Flamengo tem um goleiro seguro e experiente. Tem dois laterais europeus que dão qualidade na saída de jogo, tem dois excelentes zagueiros, tem três meio campistas que marcam e jogam, um Meiarreta com QI acima da média (basta uma ou duas bolas para decidir ), tem atacantes hábeis e rápidos que se completam. Um, às vezes arco, e o outro, às vezes flecha e vice e versa.
Todos devem ter certeza. O Flamengo é 95 % favorito.
Nos 5 % restantes estão, dentre outros fatores, o descontrole emocional , a bola que bate na trave e não entra e o Rodrigo Caio . Caio tem boa qualidade técnica, sabe sair jogando, sobe bem de cabeça , mas abusa das antecipações, o que faz com que ele se torne vulnerável. Não é incomum vê-lo caído no chão. Zagueiro que é zagueiro não pode cair tanto.
Enfim, tirando a bola que pune e que pode aparecer em qualquer jogo de futebol, Jesus já está “nos céus” . Jesus já é “imortal” e será crucificado na cruz com duas garrafas de “Periquita” pregadas em suas mãos pra que possa degustar à vontade.
Quer coisa melhor ?
Dá-lhe Flamengo ! Quem precisa do milagre é o River Plate.
João Henrique Padula, dentista e ex jogador de terceira divisão